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Nome:
História da Arquidiocese de Braga
Sufragânea:
Nota histórica:

Braga, como Diocese, data do século III, sendo conhecido do primeiro período da sua história apenas o Bispo Paterno cujo nome figura nas atas do I Concílio de Toledo de 400. Já neste primeiro período tinha dignidade metropolítica, com jurisdição sobre todo o noroeste da Península (Galécia), tendo dela dependentes os bispados de Conímbriga, Viseu, Dume, Lamego, Porto e Egitânia. Datam desta época os martírios dos Santos bracarenses Vítor, Cucufate, Silvestre e Susana. Do período suévico-visigótico conhecem-se os nomes de 12 Prelados bracarenses. Nesta época notabilizaram-se pela cultura e pela santidade homens como Idácio de Chaves, os três Avitos, Paulo Orósio, Pascácio, São Martinho de Dume, São Frutuoso. Quando da invasão muçulmana, Braga ficou no domínio dos infiéis e os seus bispos passaram a residir em Lugo. Após a reconquista cristã, mesmo antes da fundação da Monarquia, foi definitivamente restaurada a Arquidiocese (1070). O Bispo D. Pedro pôde fixar-se definitivamente em Braga, promovendo a reconstrução da devastada Cidade. Começou pela Catedral, dedicada liturgicamente em 29 de agosto de 1089 pelo Legado do Papa, o Arcebispo D. Bernardo de Toledo. Desde então seguiu-se uma cadeia ininterrupta de 56 arcebispos. Depois de célebre contenda com a Sé de Compostela, Inocêncio III, em 1199, dá a Braga como sufragâneas as Diocese de Porto, Coimbra e Viseu (em Portugal), e mais cinco em território da Espanha. Célebre ficou também a contenda com Toledo sobre a primazia. Nos fins do século XIV as dioceses dos reinos de Leão e Galiza deixaram de prestar obediência a Braga. A área da arquidiocese foi posteriormente reduzida com a criação das dioceses de Miranda (1545), de Vila Real (1922) e Viana do Castelo (1977) e ainda pela anexação à de Bragança-Miranda do Arcediagado de Moncorvo (1881). Entre as particularidades mais notáveis desta Sé, considerada das mais antigas da Península Ibérica, está a de possuir um rito litúrgico próprio (bracarense), semelhante ao romano; quando da reforma litúrgica tridentina, Braga pôde manter os seus livros, por terem mais de 200 anos e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires; depois de algumas tergiversações resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo Sínodo de 1918: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de 1919 e 1924 respetivamente, tornaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924. O rito bracarense permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, mas o seu uso tornou-se facultativo, aquando desta reforma, em 18 de Novembro de 1971. A longa série de arcebispos de Braga inclui santos canonizados como Martinho (569-579) e Frutuoso (656-689) de Dume e Braga, Rosendo (927-951) de Dume, Mondonhedo e Celanova, e Geraldo (1096-1108) de Braga. Há patriotas como D. Paio Mendes (1118-1137) e D. João Peculiar (1138-1175), conselheiros e diplomatas do primeiro Rei de Portugal; D. Gonçalo Pereira (1326-1348) e D. Lourenço Vicente (1374-1397), lutadores nas batalhas de Salado e Aljubarrota, respetivamente; D. Rodrigo da Cunha (1627-1635), empenhado na recuperação da independência nacional, em 1640, então já transferido para Lisboa. Há pastores insignes como D. Frei Telo (1279-1292), D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1559-1581), D. Agostinho de Jesus (1588-1608) e D. Frei Caetano Brandão (1790-1805). Há membros da Família Real como D. Fernando da Guerra (1416-1467), Cardeal-Rei D. Henrique (1533-1540). D. José (1741-1756) e D. Gaspar de Bragança (1758-1789). Há homens de projeção pública como D. Pedro (1070-1091) o restaurador da Diocese, D. Pedro Julião (1273), futuro Papa João XXI, D. Jorge da Costa (1501-1505) o célebre Cardeal de Alpedrinha, D. Diogo de Sousa (1505-1532) o renovador da Cidade de Braga, D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728) o impulsionador do Bom Jesus do Monte, o Cardeal D. Pedro Paulo da Cunha e Melo (1843-1857) o pacificador após as lutas liberais, D. Manuel Vieira de Matos (1915-1932) o resistente à Lei da Separação e reconstrutor da arquidiocese, muito abalada por esta data. Desde há séculos que o arcebispo de Braga usa o título de «Primaz das Espanhas». Entre o século XV e finais do século XVIII usou, com significado efetivo, o título de «Senhor de Braga».