Coimbra chamava-se outrora Aeminium e ainda em 569 era uma florescente paróquia da Diocese de Conimbriga. No último quartel do séc. VI, o bispo de Conimbriga (Condeixa-a-Velha) veio fixar-se em Aeminium e com ele vieram a população e a Cúria Episcopal e o nome de Coimbra substituiu para sempre o nome de Aeminium. Os Árabes tomaram Coimbra em 712 e assenhorearam-se dela, com uma pequena interrupção, até 1064. Em julho deste ano foi conquistada aos mouros por Fernando Magno de Leão. Foi seu primeiro bispo, depois desta reconquista, D. Paterno que, em abril de 1086, criou a primeira escola catedralícia. Por esta altura, D. Sesnando, alvasil de Coimbra, dava aos Bispos para a habitação o Fórum Romano que, ampliado e embelezado pelos Prelados subsequentes, foi Paço Episcopal até 1911. Pela ação de D. Miguel Salomão e com dinheiro régio foi construída, entre os anos 1140-1180, a Catedral (Sé Velha), que se tornou centro da vida citadina. Situada no centro do País, a jurisdição do seu Bispo estendeu-se, depois da reconquista cristã, até Viseu e Lamego no séc. XII. Leiria e Aveiro pertenceram à diocese de Coimbra até 1545 e 1774 prospectivamente. Criadas dioceses naquelas datas, foram extintas e incorporadas em Coimbra em 1882. Leiria foi, porém, restaurada em 1918 e Aveiro em 1938. Atualmente a Diocese de Coimbra estende-se por uma superfície de 5.300 Km2 compreendendo todo o distrito de Coimbra, à exceção da freguesia de S. Gião, de Oliveira do Hospital; o concelho da Mealhada, do distrito de Aveiro; Mortágua, do distrito de Viseu; Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e parte de Pombal, do distrito de Leiria; Ferreira do Zêzere, do distrito de Santarém. A sua população é de cerca de 516.000 habitantes, distribuídos por 265 paróquias, 5 reitorias e 1 curato, agregadas em 9 Arciprestados.
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